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O argumento que o Google usa para defender o seu projeto, é o de que com a Computação nas Nuvens os computadores ficarão mas simples e baratos, e como os softwares das máquinas também serão acessados pela WEB, e de graça, será um custo a menos para quem quiser usa o PC. Assim, o mundo digital se tornaria acesível para as pessoas com menor renda, como a dos países emergentes. Mas esse argumento não me convence. Vejo aí pelo menos três interesses escondidos: 1 - O google quer tornar os computadores acessíveis para mais pessoas no mundo, aumentando a audiência on-line e as possibilidades de geração de negócios pela WEB. 2 - Disponibilizar softwares de uso domésticos, como planilhas e processadores de textos, seria um golpe no principal business da Microsoft, gigante e concorrente do Google no negócio da publicidade on-line; 3 - o Google quer continuar sendo o líder na inovação para a Internet. Como os custos de armazenamento e transmissão de dados deve continuar caindo bastante, se tornará possível a Computação nas nuvens, e se isso vai acontecer, o Google acha que é melhor que ele seja o protagonista da história.
Não há mal nenhum nos possíveis interesses citados. Pelo contrário. Ter uma empresa ambiciosa e obcecada por inovação é bom para Internet como um todo. Mas nessa história toda, não vi ninguém falar em estrutura telefônica e barateamento do acesso a Internet, fundamentais para que os usuários possam ter aceso a Computação nas Nuvens.
Veja abaixo a reportagem do Jornal da Globo sobre a Computação nas nuvens: