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Contra Putman
Michael Schudson se contrapões a Putman argumentando que a vida cívica não morreu, mas voltou a sua normalidade. Ele afirma que o período que Putman toma como áureo foi um momento anormal na história americana. Além disso, o próprio Putman afirma que a democracia americana é um exemplo único de alto estoque de capital sócia, mas nem por isso Putman afirma não haver democracia em outras localidades.
Já Pippa Norris argumenta que Putman não levou em consideração as diferenças de programação da Televisão. Haveria, de fato, programas com menor apelo para a formação de uma sociedade sólida, outros porém, parecem ser fontes importantes de informação para a sociedade em gral, na hora de tomar as suas decisões políticas.
Eric Uslaner ataca o cerne do argumento de Putman contra a TV. Ele afirma que não há provas de que a TV provoque danos a democracia. Analisa os dados apresentados por Putman e se refere a outros, para chegar ao veredicto de que não uma relação clara e estabelecida entre assistir TV e não participar das decisões políticas. Segundo Uslaner, percebe-se na verdade uma queda no otimismo e na confiança das pessoas, que passam a participar menos de ações coletivas e assistem TV justamente porque essa mostra o mundo como as pessoas estão acostumadas a ver.
Por fim, Dhavan Shah questiona o ciclo virtuoso entre engajamento cívico e confiança interpessoal. E é categórica ao afirmar que não parece ser a TV uma ameaça monolítica que alguns pesquisadores do capital social querem fazer pensar.
Este resumo trata do assunto "Comunicação e Política".Veja aqui como alguns livros sobre este tema.
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