06:37
Os dispositivos de comunicação foram assimilados pelas indústrias da informação e da cultura como elementos usados para satisfazer seus interesses e não o de nenhum outro setor. Desta forma, pode-se afirmar que se constitui um campo social ao redor das indústrias citadas.
No caso do jornalismo, a distribuição de prestígio e reconhecimento está associada à capacidade de obter informação de qualidade, relevância, de forma rápida e exclusiva sendo estes valores importantes dentro do campo social. Assim, a competência jornalística é a capacidade de falar e agir de maneira legitimada pelo campo social do jornalismo.
Constatar a presença de campos sociais serve para comprovar a inexistência de meios de comunicação neste modelo, no sentido de mediador entre a esfera política e a Esfera Civil. Tem-se, na verdade, no terceiro modelo um constructo de setores industriais e campos sociais, ou seja, uma instituição social economicamente orientada.
Porém, existem circunstâncias em que a industria da informação e da cultura funcionam como meios. Por exemplo, quando o campo social não consegue se formar ou quando abre-se espaço Às mensagens publicitárias, ou ainda, no caso brasileiro, no Horário de propaganda política.
Voltando aos estudos sobre comunicação e política, a expressão “comunicação” abriga três fenômenos correlacionados: a) a gramática da comunicação de massa; b) seus meios técnicos e linguagens específicas; c) as instituições que controlam o aparato técnico da comunicaçõ de massa.
As relações entre jornalismo e o campo político evoluíram de uma situação em que o primeiro era agente do segundo com competência comunicacional, para uma outra em que o jornalismo é um campo social específico e autônomo.
Ao se olhar dentro do campo jornalístico se perceberá que também há diferenças. Por exemplo, a lógica de funcionamento para o jornalismo televisivo difere da lógica da versão impressa. Além disso, enquanto o segundo consegue produzir reputações e nomes, o primeiro é capaz de produzir celebridades dentro do próprio campo.
Neste modelo, põe-se diante da esfera política uma outra esfera constituída pela empresa jornalística e pelo campo do jornalismo. Desta forma, é o campo jornalístico quem controla a esfera de visibilidade pública e não o campo político. Este, então, percebeu que para ter acesso à Esfera da Visibilidade pública ou teriam de seguir a linguagem dos ambientes de comunicação, ou teriam que comprar espaços nestes, ou seja, se tornar anunciantes. Em ambos os casos, é necessários contratar profissionais de comunicação para veicular mensagens pelo ambiente comunicacional.
A comunicação política se profissionalizou, então, frente a um cenário em que a visibilidade pública é administrada pelo campo da comunicação de massa. Como a complexidade tecnológica e social dos ambientes se aprofundou, este papel foi delegado aos especialistas do campo da comunicação, importados para trabalhar para o campo político.
Surge então a questão se o trabalho dos profissionais de comunicação é algo novo ou apenas uma modelagem dos papéis antigamente realizados pelos partidos e seus militantes. Parece que em parte a segundo afirmativa é verdadeira, mas as tarefas técnicas relacionadas à Esfera da Visibilidade é uma contribuição específica dos novos profissionais oriundos do campo da comunicação.
A profissionalização das campanhas aconteceu de maneira mais rápida nos EUA e nas democracias mais recentes. Nas antigas democracias, formadas na época dos grandes partidos, encontrou a resistência do jeito tradicional de fazer política.
Enfim, a conformação de um modelo de grande imprensa em sociedades de massa levou a administração da Esfera da visibilidade pública ao campo da comunicação de massa, sendo este agora um campo social que se coloca entre o campo político e a população em geral. Desta forma, para conseguir acessar a Esfera da visibilidade, o campo político aprende a usar a linguagem e a comprar espaços nos veículos de comunicação de massa. Para otimizar os seus investimentos em comunicação, o campo da política contrata profissionais especializados no trato com a grande mídia. Assim, percebe-se que há uma interseção entre os campos políticos e comunicacionais, cada um impelido pelos seus próprios interesses.
No caso do jornalismo, a distribuição de prestígio e reconhecimento está associada à capacidade de obter informação de qualidade, relevância, de forma rápida e exclusiva sendo estes valores importantes dentro do campo social. Assim, a competência jornalística é a capacidade de falar e agir de maneira legitimada pelo campo social do jornalismo.
Constatar a presença de campos sociais serve para comprovar a inexistência de meios de comunicação neste modelo, no sentido de mediador entre a esfera política e a Esfera Civil. Tem-se, na verdade, no terceiro modelo um constructo de setores industriais e campos sociais, ou seja, uma instituição social economicamente orientada.
Porém, existem circunstâncias em que a industria da informação e da cultura funcionam como meios. Por exemplo, quando o campo social não consegue se formar ou quando abre-se espaço Às mensagens publicitárias, ou ainda, no caso brasileiro, no Horário de propaganda política.
Voltando aos estudos sobre comunicação e política, a expressão “comunicação” abriga três fenômenos correlacionados: a) a gramática da comunicação de massa; b) seus meios técnicos e linguagens específicas; c) as instituições que controlam o aparato técnico da comunicaçõ de massa.
As relações entre jornalismo e o campo político evoluíram de uma situação em que o primeiro era agente do segundo com competência comunicacional, para uma outra em que o jornalismo é um campo social específico e autônomo.
Ao se olhar dentro do campo jornalístico se perceberá que também há diferenças. Por exemplo, a lógica de funcionamento para o jornalismo televisivo difere da lógica da versão impressa. Além disso, enquanto o segundo consegue produzir reputações e nomes, o primeiro é capaz de produzir celebridades dentro do próprio campo.
Neste modelo, põe-se diante da esfera política uma outra esfera constituída pela empresa jornalística e pelo campo do jornalismo. Desta forma, é o campo jornalístico quem controla a esfera de visibilidade pública e não o campo político. Este, então, percebeu que para ter acesso à Esfera da Visibilidade pública ou teriam de seguir a linguagem dos ambientes de comunicação, ou teriam que comprar espaços nestes, ou seja, se tornar anunciantes. Em ambos os casos, é necessários contratar profissionais de comunicação para veicular mensagens pelo ambiente comunicacional.
A comunicação política se profissionalizou, então, frente a um cenário em que a visibilidade pública é administrada pelo campo da comunicação de massa. Como a complexidade tecnológica e social dos ambientes se aprofundou, este papel foi delegado aos especialistas do campo da comunicação, importados para trabalhar para o campo político.
Surge então a questão se o trabalho dos profissionais de comunicação é algo novo ou apenas uma modelagem dos papéis antigamente realizados pelos partidos e seus militantes. Parece que em parte a segundo afirmativa é verdadeira, mas as tarefas técnicas relacionadas à Esfera da Visibilidade é uma contribuição específica dos novos profissionais oriundos do campo da comunicação.
A profissionalização das campanhas aconteceu de maneira mais rápida nos EUA e nas democracias mais recentes. Nas antigas democracias, formadas na época dos grandes partidos, encontrou a resistência do jeito tradicional de fazer política.
Enfim, a conformação de um modelo de grande imprensa em sociedades de massa levou a administração da Esfera da visibilidade pública ao campo da comunicação de massa, sendo este agora um campo social que se coloca entre o campo político e a população em geral. Desta forma, para conseguir acessar a Esfera da visibilidade, o campo político aprende a usar a linguagem e a comprar espaços nos veículos de comunicação de massa. Para otimizar os seus investimentos em comunicação, o campo da política contrata profissionais especializados no trato com a grande mídia. Assim, percebe-se que há uma interseção entre os campos políticos e comunicacionais, cada um impelido pelos seus próprios interesses.