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A pesquisa em comunicação e política abrange, basicamente, três dimensões: a caracterização das práticas políticas que constituem a política em sua interface com a comunicação; a análise de casos específicos da interação entre a comunicação e a política, como as eleições; e uma abordagem especulativa de problemas e questões conceituais da política e da democracia face À nova configuração das relações entre comunicação de massa e política.
Entretanto, este entendimento parte de uma visão da comunicação política como integrada apenas por dois campos: o da comunicação de massa e o da política. Porém, o texto sugere que há mais funções e papéis relacionados à transformações midiática da política contemporânea do que aquele diretamente relacionada à política e à comunicação. Um exemplo disso é o financiamento privado de campanhas políticas. Aí, como o padrão para acessar a comunicação de massa é bastante caro (seja pelos custos tecnológicos ou pelos custo de pessoal) o campo político vai captar os recursos de que precisa na economia. Há então, um terceiro elemento integrante. Há obviamente, outros fatores que influenciam a comunicação política, mas nesse texto o autor irá se concentrar apenas neste: a interação entre comunicação de massa, campo político e o mundo dos negócios.
Na sua hipótese, o autor defende que os domínios se vinculam de maneira sistemática sempre orientados por lógicas de ganhos e perdas e impulsionados por interesses próprios. Esses interesses não se destinam à exibição pública, mas se articulam para funcionar como condições da prática política para a cena pública.
Assim, cada domínio possui algum recurso que interessa aos outros, formando um sistema de recursos e interesses.
O campo político controla o poder político, um poder de usar e controlar a máquina pública e os seus recursos, além do poder de tomar, influenciar ou impedir decisões públicas.
A comunicação controla a esfera da visibilidade pública, fundamental para os agentes da política atingirem os eleitores que lhes conferem os mandatos. Obviamente, dentro do universo da comunicação existem diferenças internas, mas todos os integrantes desta indústria vivem de gerar e manter audiências e vende-las aos anunciantes, ou seja, administram a esfera da visibilidade pública, e, por isso, ao os agentes responsáveis por permitir entradas e saídas desta.
O mundo dos negócios tem o capital financeiro, que possibilita à política midiática se realizar, pois é essa bastante cara, porque segue o padrão industrial da comunicação de massa.
A política midiática, porém, ganha razão em função dos públicos, podendo ser definida como um sistema de habilidades, saberes e conhecimentos da política destinados À obtenção da atenção e do apoio dos públicos.
O mundo político consegue o que deseja do mundo dos negócios usando a perspectiva da barganha, que consiste em recompensar o apoio financeiro dado agora, caso o agente político se eleja. Essa recompensa pode se dar através da satisfação legislativas de interesses etc.
Já a comunicação consegue o que deseja do mundo dos negócios barganhando vantagens editoriais por dinheiro, empréstimos ou favorecimentos. As vantagens nas editorias podem ser dadas aos agentes do mundo da produção ou a quem estes julgarem necessário.Este resumo se refere ao capítulo um do livro "As Transformações da Política na Era da Comunicação de Massa".Veja aqui como adquirir este livro.
Veja a Continuação do resumo.
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