Continuação: A História da Propaganda Brasileira, de Vander Casaqui


A primeira agência de publicidade brasileira foi a Eclectica – Castaldi & Bennaton, que foi fundada em 1913. Como as primeiras agências em todo o mundo, a Eclactica iniciou os seus negócios como compradora de mídia e organizadora de eventos.

Na década de 1920 começam a chegar ao Brasil as primeiras agências publicitárias estrangeiras, trazidas pela chegada da indústria auto-motiva americana ao país. A primeira delas foi a JW Thompson.

A partir da década de 30 inovações tecnológicas oferecem novas possibilidades à publicidade. Trata-se do rádio, que desde 1932 passou a veicular propaganda comercial, o que aumentou o seu alcance populacional e o tornou, nas décadas de 40 e 50, o principal véiculo publicitário do país. Neste momento, eram comuns os programas de rádio que levavam os nomes dos patrocinadores, como o repórter ESSO. Data de 1940 também, o início do uso dos jingles na publicidade brasileira.

A década de 1940 vê a publicidade invadir as salas de cinema. Nesta época eram comuns que antes do início de cada filme fossem exibidas matérias pagas sobre empresas, artistas e a favor do governo.

Em 1950 chega a TV que, no seu início, copia os formatos publicitários do rádio, até desenvolver um método próprio. Neste percurso, é relevante o período em que as garotas-propaganda faziam os comerciais ao vivo. A falta de verbas e de profissionais capacitados faria com que a TV só usasse todo o potencial que o áudio-visual oferece a partir da segunda metade da década de 1960, com a chegada do governo militar, a vinda de profissionais do cinema para trabalhar na TV e a criação do vídeoteipe. Na década de 60, se destacavam como maiores anunciantes as empresas automobilísticas.

É em 1951 que surge a primeira escola de publicidade do país, a Escola de Propaganda, no  MASP. Esta escola, posteriormente, daria origem à ESPM.

Como durante o período militar a publicidade foi ameaçada diversas vezes pela censura e por projetos de lei que ameaçavam diminuir a sua liberdade, os publicitários decidiram criar um órgão regulador. O CONAR foi criado em 1970, para definir os princípios éticos do setor. Também em 1970 chega  o outdoor ao Brasil.

À década de 80 a política marca profundamente a publicidade. A transição da ditadura para a democracia abre aos publicitários o serviços para o campo político. Mas também, é o período da explosão da cultura pop, com seus ídolos, estilo de vida e de moda.

Esta é uma sinopse do Capítulo 4 do livro "Hiperpublicidade" .Conheça o livro aqui.

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