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O texto traça a história da publicidade no Brasil desde que ela se tornou uma instituição com fins comerciais. Segundo o autor, a publicidade brasileira herda o jeito informal do povo deste país, o que pode ser percebido em todas as formas de publicidade.
Quando a família real chega ao Brasil, no século XIX, traz consigo uma prensa tipográfica, o que possibilitou a impressão do primeiro jornal brasileiro. Com ele, surgiu também a primeira forma de publicidade no Brasil, e dominante na época: os classificados. Neste período eram bastante comuns os classificados anunciando a venda de escravos ou a fuga deles. Gilberto Freyre percebeu uma diferença bastante interessante entre eles. Quando se anunciava que um escravo estava à venda, se usava de uma retórica que tentava destacar os pontos positivos do negro, enquanto quando o caso era de tentar capturar um escravo que havia fugido, o anúncio era mais fiel e completo, abordando os pontos positivos e negativos físicos e psicológicos do escravo.
No século XIX surgem no Brasil os primeiros freelancers da publicidade: os poetas. Entre eles Castro Alves e Casemiro de Abreu. Esses artistas usavam os seus conhecimentos sobre literatura e ritmo para fazer os slogans das peças publicitárias. Apenas em 1875 são incluídas imagens aos classificados publicitários , mas apenas com a chegada da revista e de suas páginas coloridas, no início do século XX, é que os publicitários tiveram meios para inovar em suas criações.
Com o aumento das populações urbanas nas primeiras décadas do século XX, a publicidade busca novas mídias que tenham maior alcance de público. Aí, utiliza ações em ruas, cartões-postais e anúncios em bondes.
Curiosamente, os maiores anunciantes do início da história publicidade brasileira eram oriundos da indústria farmacêutica, que de 1850 até 1940 lideravam os investimentos publicitários no país. Seus anúncios eram muitas vezes fantasiosos, e foram proibidos pela ditadura de Getúlio Vargas.
Na década de 20, surge o Mappin, que inaugura o conceito de loja de departamento no Brasil. É ele também que inaugura na história da publicidade brasileira os anúncios segmentados: o Mappin preferia anunciar nos jornais e revistas que fossem lidos pelas parcelas mais ricas da população.
Esta é uma sinopse do Capítulo 3 do livro "Hiperpublicidade" .Conheça o livro aqui.
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